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- 14/06/23

Advogado poderá ser sancionado pelo uso indiscriminado do ChatGPT. A inteligência artificial inventou precedentes e mentiu quando expressamente questionada.

Um homem ajuizou ação em face da companhia aérea Avianca, sob a alegação de que teria sido ferido após ser atingido no joelho pelo carrinho de serviço de bordo durante um voo para Nova York.

No andamento processual, a Avianca requereu o arquivamento do processo. O advogado do passageiro, Sr. Steven Schwartz, advogado com três décadas de prática, se opôs ao pedido apresentando documento de dez páginas, com citações de decisões relevantes para a análise do caso.

No entanto, nem os advogados da companhia área, nem o próprio juiz, nem mesmo a câmara à qual foi atribuída uma das decisões conheciam os precedentes utilizados. A Avianca questionou a autenticidade dos casos. Intimado para prestar esclarecimentos, Steven Schwartz apresentou declaração juramentada na qual confessou ter utilizado o ChatGPT na elaboração do documento e classificou a inteligência artificial como “uma fonte que se revelou pouco confiável.”

A declaração juramentada foi entregue com prints do diálogo do advogado com o ChatGPT. Ele pergunta se um determinado caso é real, e a inteligência artificial responde que sim. Em seguida, ele pergunta qual é a fonte, e então, o ChatGPT pede desculpa pela confusão. O advogado continua: “Os outros casos que você forneceu são falsos?”, ao que o ChatGPT responde: “Não, os outros casos que forneci são reais e podem ser encontrados em bancos de dados jurídicos respeitáveis” – mas eles não foram encontrados.

Uma audiência foi designada par ao dia 08 de junho de 2023, quando será discutida a possibilidade de aplicação de sanções ao advogado.